domingo, 31 de março de 2013

Lollapalooza 2013 Brasil - 29,30/03

A segunda edição do Lollapalooza Brasil teve vários aspectos que me agradaram - e desagradaram. Vamos a eles.

Pontos positivos: não tive problemas com filas quilométricas para entrar no Jockey como no ano passado. Nesse sentido ficou mais organizado. Para quem precisava de papel higiênico, havia à disposição perto dos banheiros químicos, até mesmo uma pia para lavar a mão. A pontualidade do evento é muito boa para quem depende de transporte público na volta. A equipe de resgate está de parabéns, pois ontem presenciei um cara passando mal e imediatamente foi socorrido, sendo carregado de maca e abrindo espaço no meio da multidão, tudo com agilidade e cuidado.

Pontos negativos: por conta da chuva, havia muita lama, o que dificultava a transição de um palco para o outro. O cheiro de esterco em alguns pontos do Jockey também foi péssimo. Pode até ser necessária aquela fila para provar que você tem acima de 18 anos para comprar bebida alcoólica, mas eu não tenho saco para encarar 3 filas pra tomar cerveja. Nem de Heineken eu gosto tanto. Acho válido comentar que o line up prejudicou algumas bandas.

Sobre as bandas que eu vi no dia 29/03:

Of Monsters And Men: apesar de eu ter visto pouco do show do sexteto islandês, arriscaria dizer que foi um show muito bom! Eles no palco me lembraram o Arcade Fire no Tim Festival 2005: as vozes, a variedade de instrumentos, a forma como eles tocam e interagem com o público dá um tom mágico, transmitindo que estão conectados com as músicas que executam ao vivo.

The Temper Trap: a banda australiana de Dougy Mandagi tem como destaque o próprio vocalista, além de músicas bem elaboradas e Joseph Greer tocando guitarra e teclado, com um backing vocal vívido. Eu só achei que o repertório ficou muito estável, mas não deixa de ter um som bonito.

Crystal Castles: o duo canadense teve problemas com a qualidade do som - em boa parte da performance, o som estava muito baixo, ocorria alguns zunidos e a Alice Glass parecia se esgoelar ao cantar, mas a voz não saía. Ainda assim, o repertório agradou e havia um público que vibrou com músicas como "Not In Love" e "Crimewave".

The Flaming Lips: eu tenho um certo carinho por esta banda. Wayne Coyne é o carisma em pessoa; ele é muito honesto quanto às suas emoções e a performance festiva que presenciei no Claro q é rock foi fenomenal. Infelizmente, eu diria que foram prejudicados por 2 fatores: a grande maioria do público foi para ver the Killers, e boa parte deste público não conhece nada do Flaming Lips. O repertório da banda também não ajudou, chegando a um momento em que estava maçante escutá-los. Os aviões que passavam tão baixo impressionou o vocalista, tanto que em alguns momentos ele esperava passar um e fez o público acenar um tchau.

The Killers: a grande atração de sexta ganhou fácil o público. Tocando inúmeros hits, a banda de Brandon Flowers fez uma apresentação incrível, com direito a fogos e pedaços de papéis caindo no pessoal, a chuva foi deixada de lado. Embora nenhuma matéria tenha dado destaque para algum músico, eu citaria o próprio Brandon Flowers pela sua simpatia e gratidão demonstrada, sendo um frontman de respeito; Ronnie Vannucci Jr para mim é um grande colaborador do show: é a batida dele, com força e cadência que faz todo mundo dançar.

Bandas que eu vi no dia 30/03:

Tomahawk: é impressionante o que Mike Patton é capaz, mesmo em seus projetos paralelos ao Faith No More. Sobre a voz dele, dispenso apresentações - é simplesmente uma das vozes mais versáteis do nosso tempo. Metal alternativo de primeira e com comentários cômicos em português de um gênio. A banda tem o Mike Patton no vocal? Não perca este show por nada!

Two Door Cinema Club: esse foi um dos shows mais aguardados por mim. Fiquei surpreso que havia bastante gente cantando junto - e não, eles não estavam lá só para se antecipar a ter seu lugar reservado para o próximo show, que era o QOTSA. Sam Halliday é um vocalista super educado, agradecendo a cada música executada. Alex Trimble é um guitarrista muito criativo e a banda em si agradou em cheio a multidão, botando todo mundo pra dançar! Fantástico!

Alabama Shakes: eu admito que não fui até o palco alternativo para conferir o show da banda de Alabama, mas pelo que ouvi, os americanos fizeram um som gostoso de se escutar, tipicamente Southern Rock. O que mais gostei neles foram a voz de Brittany Howard e o baixo forte e presente de Zac Cockrell.

Queens Of The Stone Age: a banda que eu mais queria ver foi o responsável pelo show mais explosivo do Lollapalooza. Não sabia que Josh Homme fosse tão simpático! Ele realmente estava agradecido por ser prestigiado por nós. Foi uma performance impecável, do começo até o fim, tocando hits e até uma faixa inédita. Os dois músicos que eu faria menções honrosas do QOTSA: o guitarrista Troy Van Leeuwen e o baterista Jon Theodore. Sem dúvida, uma das melhores bandas de rock desde que surgiu, principalmente pela autenticidade.

Eu não vi a apresentação do A Perfect Circle - ficava muito longe do palco Cidade Jardim; a única certeza que tive é que o som do Criolo tava alto demais a ponto de não se escutar nada do APC.

The Black Keys: sabe quando a banda não te empolga? Eles tocaram vários sucessos, fez um show coerente. Só que senti falta de algo para me dar vontade de ficar lá, de ver o show mais de perto. Não me aguçou em nada. Tanto que fui embora mais cedo. Eu acredito que para quem é fã, capaz que tenha agradado, mas mesmo falando pelo público, não cheguei a ver um bom entusiasmo por eles estarem no palco.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

The second edition of Lollapalooza Brazil had some aspects delighted me - and displeased me. Let's go to them.

Positive points: I didn't have problems with kilometric queues to come into Jockey as last year. In this way it became more organized. For those who needed a toilet paper, it was available near from chemical toilet, even a washbasin. The event's punctuality is really good for those depend on public transport to go home. The rescue team deserved to be congratulated. Yesterday I saw a guy feeling bad and immediately he was helped, being carried by stretcher and opening space in the middle of the crowd, all with agility and care.

Negative points: because of the rain, there were lots of mud, what it made hard to go from a stage to another. The manure's smell in some places of Jockey was awful too. It may be necessary that queue to prove you're not under 18 years old to buy alcoholic drinks, but I don't have patience to face 3 lines in order to drink beer. I don't like Heineken so much. I think it's good to mention the line up detract several bands.

About the bands I saw March 29th:

Of Monsters And Men: although I saw too short time the sextet from Iceland, I would risk to say it was a very good performance. They reminded me Arcade Fire's concert on Tim Festival 2005: the voices, the variety of instruments, how they played and they interacted with public gave a magic atmosphere, transmitting how they're connected to their songs.

The Temper Trap: the Australian band of Dougy Mandagi highlights the own singer, besides songs well-elaborated and Joseph Greer playing guitar and keyboards, with a vivid backing vocal. I just thought the set list was too stable (with only one kind of emotion, I mean). However, it's nonetheless a beautiful sound.

Crystal Castles: the Canadian duo had problems with sound's quality - in largely time of the concert, sound was too low, it happened some hums and seemed like Alice Glass sang with all her efforts in vain - her voice was also low. Nevertheless, set list delighted and public thrilled with songs such as "Not In Love" and "Crimewave".

The Flaming Lips: I have a certain affection for this band. Wayne Coyne is charisma in person; he is very honest towards his emotions and the festive performance I witnessed on Claro Q É Rock Festival was magnificent. Unfortunately, I would say they were detracted by two factors: most of people were there to see the Killers, and these people didn't know anything about Flaming Lips. Set list didn't help them, coming in a moment it was boring to hear them. The planes were flying low during the concert impressed the singer, who made the crowd waving bye bye to one.

The Killers: the main atraction of Friday gained easily the public. Playing numerous hits, Brandon Flowers' band made a wonderful concert, with fireworks and pieces of papers falling to the crowd, rain was forgotten. Despite none of articles had given highlights to some musician, I would mention the own Brandon Flowers for his empathy and demonstrated gratefulness, being a respectful frontman; Ronnie Vannuci Jr has a major contributor to the performance: it's his beat, with strength and cadence which makes everybody dance.

Bands I saw March, 30th:

Tomahawk: it's impressive what Mike Patton is able, even in his side projects. About his voice, it doesn't need presentations - it's simply one of the most versatile voices of our lifetime. Best Alternative Metal with comic comments in Portuguese of a genius. The band has Mike Patton as a singer? Don't lose this concert for anything!

Two Door Cinema Club: this was one of the concerts most waited for me. I was surprised to see how many people singing together - and they weren't there only to ensure their place reserved to the next concert - QOTSA. Sam Halliday is a super educated singer, thanking each song finished. Alex Trimble is a very creative guitarist and the crew delighted so much the crowd, making the whole crowd to dance! Awesome!

Alabama Shakes: I confess I didn't go to the alternative stage to check the American band. However, from I heard, the guys from Athens made a tasty and good sound to listen, typically Southern Rock. What I most liked them were Brittany Howard's voice and the strong and ubiquity bass of Zac Cockrell.

Queens Of The Stone Age: the band I most wanted to see had the most explosive concert of Lollapalooza. I didn't imagine Josh Homme was so nice! He was really grateful to be prestigious to us. It was flawless performance, from the start to the end, playing hits and even a new song. The two musician I would give honorable mention: guitarist Troy Van Leeuwen and drummer Jon Theodore. No doubt, one of the best rock bands since it came, mainly to their authenticity.

I didn't see A Perfect Circle's concert - it was so far from the Cidade Jardim stage; the only certainty I had was Criolo's sound was loud enough to not hearing anything from APC.

The Black Keys: Do you know when a band doesn't excites you? They played several hits, made a coherent concert. I just missed something to makes me want to stay there, to watch the concert nearer. It doesn't stimulate me in anything. I preferred  to go out earlier. I believe for their fans is possible to pleased them, but even speaking about public, I didn't see a good enthusiasm for they being on stage.




Nenhum comentário:

Postar um comentário