Meu primeiro grande show é datado de 23/10/2005, no Tim Festival em São Paulo. Neste evento, havia as seguintes apresentações: Mundo Livre S/A, M.I.A., Arcade Fire, Kings Of Leon e The Strokes. Naquela época, fui com expectativas nas 3 últimas bandas: Arcade Fire era a banda do momento - pelo menos nas palavras do Lúcio Ribeiro; Kings Of Leon estava começando a ter certo destaque por aqui e os Strokes era a atração mais esperada daquela noite.
Neste show, combinei de encontrar a Andrea pessoalmente; éramos amigos só pela internet e costumávamos conversar pelo ICQ! Ela estava super empolgada em ver os Strokes ao vivo; eu confesso que não sabia bem pelo que esperar. Acredito que chegamos no meio da apresentação da M.I.A.. Não era um show que queríamos de fato ver.
A parte mais mágica da noite (pelo menos pra mim) foi quando começou o show do Arcade Fire. Ainda me lembro daquela cortina enorme caindo e assim revelar a banda canadense, composta por 7 integrantes, que mostrou um entusiasmo, uma energia contagiante, uma entrega de cada músico, com músicas lindas e cheias de lirismo - foi a primeira vez que tinha escutado os sons deles e me fascinou logo de cara! Foi um espetáculo incrível! Não seria injusto em dizer que foi um dos melhores shows que já vi até então - e olha que sou assíduo frequentador de eventos musicais desde 2005.
Já a impressão que eu tive do Kings Of Leon foi a seguinte: a música de abertura foi "Molly's Chamber" - naquela época, a música mais famosa dos irmãos Followill. O público foi ao delírio, gritou, cantou, pulou... Porém, a partir daí o que presenciei foi um silêncio na maior parte do show da parte do público. Até acho eles bons músicos, gosto da influência do rock sulista, como Tom Petty mas algo me faltou para prender a minha atenção.
A última atração da noite foi muito bem recebida: fãs ovacionando os Strokes, assim como a Andrea que gritou para o Julian Casablancas, que estava um pouco gripado - e ainda recebeu uma resposta dele na hora! Acho fantástico quando temos esse momento único e raro de troca de afeto, uma troca de palavras com um artista que a gente se identifica, às vezes até se espelha. O show em si foi muito bom por conta de que o repertório dos Strokes estava na ponta da língua dos fãs. Se não me engano, a única música que o pessoal não sabia cantar foi uma faixa inédita. Também gostei do baterista Fabrizio Moretti, brasileiro que interagiu com o público falando em português, declarando amar o país e as pessoas daqui.
Este foi o primeiro de muitos shows que estavam por vir.
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My first big concert was October 23th, 2005, at Tim Festival, São Paulo. There were the following shows: Mundo Livre S/A, M.I.A., Arcade Fire, Kings Of Leon and The Strokes. I had some expectations of the last 3 bands: Arcade Fire was the hype of that moment - at least on the words of Lúcio Ribeiro; Kings Of Leon was starting to have some emphasis by media and The Strokes was definitely the most waited attraction of that night.
I made an appointment with Andrea personally; we were friends only by the internet and we used to talk through ICQ! She was really excited to see The Strokes' live performance; I must confess I didn't know well what I wait for. I believe we arrived in the middle of M.I.A.'s gig. Actually it wasn't a concert we honestly wanted to see.
The most magical part of that night (at least to me) was when Arcade Fire comes to stage. I still remember that enormous curtain opened and then revealing the Canadian band, featuring 7 members, who showed an enthusiasm, an contagious energy, a surrender of each musician, with beautiful songs and full of lirism - it was the very first time I've heard their tunes and I got addicted straightaway! It was a marvelous spetacle! It wouldn't be unfair saying it was one of the best concerts I've ever seen - and I'm assiduous frequenter of musical events since 2005.
The impression I got Kings Of Leon was as it follows: the opening song was "Molly's Chamber" - the most famous track of Followill's brothers that time. Public went wild, screamed, sang and jump a lot... However, what I witnessed was a silence from the same people on most of the concert thenceforth. I think they are good musicians, I like southern rock influences as Tom Petty but something missed to catches my attention.
The last attraction was very well received: loads of fans cheering The Strokes, as Andrea shouted to Julian Casablancas, who was a little flu - and soon he gave her a answer! I think it's fantastic when we have this rare and unique moment of exchange of affection, exchange of words with an artist who we identify, sometimes even we mirror him. The concert was great due to the fact of Strokes' track list was on the tip of the tongue of fans. If I'm not mistaken, the only song people didn't sing was an unreleased track. Also I liked drummer Fabrizio Moretti, who is Brazilian and interacted with the public speaking in Portuguese, declaring love the country and the people.
This was the first of many concerts to come.
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