sábado, 16 de março de 2013

O primeiro contato com a arte / The first touch with art

  Não se pode dissociar o assunto "arte" da minha pessoa. Ok, poderia ser um expert no assunto e até ter me formado em Artes Plásticas - coisa que já passou na minha cabeça e que uma amiga em particular me diz que essa é a minha real vocação; mas isso não me impede de curtir tanta coisa que a arte pode oferecer. Particularmente falando, as artes que mais gosto são a pintura, o cinema, o teatro, a literatura, a escultura, fotografia, mangá - e claro, a música. Será que esqueci de algum?

  Acredito que meu primeiro contato com a arte ocorreu ao ler um gibi do Chico Bento quando criança - aquilo abriu minha mente de uma maneira que me interessei no ato. Como alguém poderia representar uma situação através de traços, ambientes, balões com diálogos, personagens distintos, cada um com seu estilo? Provavelmente em um mesmo momento, lembro de observar desenhos na TV e me questionar como tinham movimentos.

  A partir daí, comecei a "tentar" desenhar por conta própria. Não tinha técnica nenhuma, nenhuma habilidade mas não deixava de tentar - e com frequência. Belos rabiscos de uma criança com 5 anos, imagino.

   Neste sentido, ir para o Japão agregou bastante para melhorar meus desenhos. A diversidade de mangás é simplesmente astronômica! Tinha de todos os tipos de história, para todo tipo de público. Nas aulas de educação artística, lembro que o professor nos levava ao parque, cada aluno escolhendo algum lugar para observar e desenhar. Tudo isso com lápis, borracha, pincéis, tinta, godê, papel e prancheta. Com um material desses em mãos, era descolar uma boa vista para ficar um bom tempo só desenhando, sem preocupação alguma.

   De volta ao Brasil, fiquei mais focado em desenhar usando lápis. Há quem se lembre dos meus desenhos dos Cavaleiros do Zodíaco na época da escola. Foi um ótimo período em que praticava bastante, graças à variedade de cavaleiros e armaduras que o anime me proporcionava.

  Mais adiante, resolvi fazer um curso técnico de Edificações. Comecei a fazer desenhos técnicos e arquitetônicos: desta vez, os materiais eram régua, régua T, escalímetro, esquadro, compasso, lapiseira, gabaritos, caneta nanquim e escova. Apesar de achar meio chato passar a limpo na caneta nanquim, dava orgulho de ver o resultado final.

  Cheguei a pensar em fazer Arquitetura - e tinha que me preparar para a prova específica. Fiz um curso onde tive noções de luz e sombra, grafismo, proporção. Ficava horas desenhando e esquecia do tempo!   Apesar de não conseguir a vaga, não quis deixar essa paixão esquecida.

  Adoro ir em exposições de arte. Fico observando cada objeto artístico de perto, de longe, de vários ângulos, pensando em várias perguntas: "O que é isso? O que esse artista quis me transmitir? Quanto tempo será que ele levou pra terminar esta obra? Qual era o contexto histórico na época em que esta obra foi feita? Por que tantos detalhes, por que esta parte em destaque?" É a minha forma de ganhar repertório para os meus desenhos.

  De uns anos pra cá, me esforço para separar um tempo pra desenhar. Até hoje é um momento de me desligar do mundo: é uma forma de extravasar minhas emoções através do contato entre lápis e papel.     Ano passado, consegui fazer 3 desenhos. Quem sabe neste ano eu consiga chegar em 4 ou 5? Idéia é o que não falta; falta é parar pra desenhar. Com o tempo, devo postar alguns desenhos por aqui também.  A minha proposta é desenhar pessoas e ambientes que me tragam uma lembrança de um bom momento, que mexam com o meu emocional.

  Antes de terminar este post, provavelmente há pessoas que me perguntem: "Mas por que você fez Matemática?" Para responder esta pergunta, usaria uma frase que um ator no teatro me disse certa vez: "A ciência e a arte caminham juntas."

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
  It can't be dissociate the subject "art" of my person. Well, I could be an expert in this theme and even be graduated in Arts - thing that passed in my mind and a friend of mine says that is my REAL VOCATION; but this is not stops me to enjoy so many things arts can offer. Particularly speaking, the arts I most like is paintings, cinema, performing arts, literature, sculpture, photography, Japanese comics - and of course, music. Did I miss some art?

I believe my first touch with arts happened reading a Chico Bento's comics when I was a kid - that opened my mind in a way I got interested at the same time. How could someone depict a situation through traces, environments, balloons with dialogues, different characters, each one with own style? In a same moment, I remember watching cartoons and questing how they have movements.

Thenceforth, I started trying to draw by myself. I didn't have any technique, no ability but I didn't stop trying - and frequently. Beautiful scribbles of a five years child, I imagine.

Going to Japan added me a lot to improve my drawings. The diversity of Japanese comics is simply astronomic! There were all the sorts of history, for all the kinds of public. On art's class, teacher took us to park, where each student had to choose one place to look and paint. All of this with pencil, erase, brushes, paper and clipboard. With such a material in hands, I just needed to get a good view to stay for a good time only sketching, with no worries.

Back to Brazil, I've had more focus on drawing with pencil. There are some classmates who remember of my Saint Seiya's drafts. It was a great period when I practice a lot, thanks to the variety of knights and armors which this cartoon gave me. 

Later, I decided to make a Buildings class. I started to make technical and architectural drawings: this time, the materials were ruler, T-square, engineer's scale, square, compass, mechanical pencil, pen ink and brush. Despite thinking a bit boring to use pen ink, it gave me some pride to see the outcome.

I thought being graduated in Architecture - and I had to prepare myself to the specific test. Then I had a class where I learned light and shade, graphics, symmetry. It took me hours drawing and I forgot the time! Despite I didn't get the opportunity to study Architecture, I didn't want to kill this passion.

I love to go to art exhibition. I used to look each object closely, from far, from various angles, thinking in such questions: "What is this? What did this artist want to communicate me? How long time did it take him to finish this work? What was the historic context when this work was done? Why so many details, why do this part have highlight?" That's my way to gain a range to create my work.

From some years to now, I struggle to have a time to draw. It's a moment to turn myself off to the world: it's a form to vent my emotions across the contact between pencil and paper. Last year, I made 3 works. Who knows this year I can make 4 or 5? I have some ideas on my mind; I just need to stop in order to draw. Someday I should post some works here too. My purpose is drawing people and environments which brings me some good memories, which moves my emotions.

Before I finish this post, probably there are people who ask me:"But why did you choose Math?" To answer this question, I would use a quote that an actor told me once:"The science and the art walk together".

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário